"PELA EMANCIPAÇÃO HUMANA"

PELA EMANCIPAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA,

PELA LIBERTAÇÃO DO OPRIMIDO EM TODO O MUNDO,

PELO FIM DO RACISMO E DO MACHISMO,

POR UM HIP HOP COMBATENTE E NÃO SUBSERVIENTE,

A LUTA CONTINUA!!!

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O FORÇA ATIVA E O SOCIALISMO

SOCIALISMO


Aos integrantes e simpatizantes do NCFA:
“Certa vez um valoroso companheiro
supôs que os homens só se afogavam
por estarem imbuídos da idéia da gravidade.
Se tirassem essa idéia da cabeça, considerando-a,
por exemplo, como um conceito supersticioso ou religioso,
estariam perfeitamente imunes a qualquer perigo de afogamento.
Toda a sua vida ele lutou contra a ilusão da gravidade,
de cujas conseqüências perniciosas
a estatística lhe trazia novas e diversas evidências.
Este valoroso companheiro foi o protótipo
dos novos filósofos revolucionários da Alemanha”.
Marx e Engels
A ideologia Alemã

Resultado do Movimento Operário de 78, 79 e 80 (greves da região do ABCD Paulista), o Hip Hop é um importante movimento dentro da classe trabalhadora (embora os integrantes do Hip Hop não se reconheçam enquanto tais, isto facilitou a cooptação de boa parte do movimento). Infelizmente o movimento operário da época enveredou pelo politicismo reformista, sindicalismo limitado à democracia-cidadã. Isto não é status para o movimento Hip Hop nem para os operários, mas revela a falta de capacidade teórica para superação da condição de dominação e servindo à época de instrumentação politicista, “...estamos vencidos porque o processo político eleitoral foi politicizado por interesse do sistema e pela hegemonia ideológica castradora a que estão submersas as posições (Chasin, Hasta Quando - A Miséria Brasileira).
A antiga Posse Força Ativa, atualmente denominada Núcleo Cultural Força Ativa, que a priori atuava no Movimento Hip Hop enfocando a luta anti-racismo, isto segundo as condições de vida do povo preto e principalmente dos jovens dos bairros pobres que compreendem a chamada “periferia” da cidade de São Paulo, foi influenciada pelo grupo Extrema Esquerda Radical. E logo percebeu que as chamadas lutas pontuais, os “movimentos sociais”, aí reforçamos a questão do racismo, fazem parte da luta de classes, daí não haver emancipação dos movimentos e seguimentos destas lutas, senão apontar para a luta de classes.
Citando Marx “o que os indivíduos são, portanto, depende das condições materiais de produção” (Marx e Engels, A Ideologia Alemã). Isto nos leva a afirmar que são as condições objetivas herdadas e o legado histórico que nos remetem a determinada forma de organização social, pois não foi uma opção das pessoas deste coletivo ser o que são.
Pretendem-se lutar por uma transformação radical da sociedade de tipo socialista, então, temos que no mínimo definir linhas de ações que pertençam às categorias do pensamento marxista:

1. Ruptura com a produção e reprodução do sistema do Kapital;
2. Empoderamento das forças produtivas à classe trabalhadora e a conseqüente abolição da propriedade privada;
3. Reconhecimento do gênero humano;
4. Reconhecimento da historicidade;
5. Combate ao mito da neutralidade;
6. Totalidade (Particular / Universal) – As lutas dos trabalhadores locais fazem parte da luta universal dos trabalhadores em qualquer parte do mundo.
Portanto, estabelecer bandeiras de lutas é:
• Reconhecer que tais lutas existem;
• Reconhecer que existem adversários numa dada arena;
• Reconhecer que não existe harmonia concreta e conciliação de classe;
• Reconhecer a luta ideológica;
• Reconhecer acima de tudo a necessidade de se abater o oponente.
As lutas existem independentemente da vontade dos contendores, mas só existem com a presença destes. Estes ao lutarem, lutam conforme as condições herdadas e neste envolver colocam e deixam de herança a luta noutro patamar.
Cada patamar pode ou não alargar mais ou menos a arena da luta podendo mesmo liquidar de vez a arena de combate, como foi o caso da burguesia que liquidou o feudalismo.
Em cada vitória, o vencedor impõe aos derrotados a sua forma de perceber e fazer o mundo. Pois imporá a sua harmonia, sua pax (paz romana). As formas de impor serão sempre mediadas ao novo patamar da luta e novamente se tem que tentar derrubar o oponente.
Enfim, entendemos que para acabar com as formas de exploração humana (racismo, machismo, xenofobia, proletarização, as formas de apropriação, produção e reprodução da propriedade privada), consiste em canalizar toda energia e luta contra o reformismo latente da pseudo esquerda e lutar contra os mecanismos de controle do capital: cidadania, democracia, parlamento, governo, estado.
Para finalizar “...na peleja não importa se o inimigo é um inimigo e da mesma categoria, um inimigo interessante o que importa é apanha-lo” (Marx e Engels, Crítica da Filosofia do Direito de Hegel - Introdução

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